Sol





Desde a antigüidade, nas mais diversas culturas e civilizações, o Sol era considerado como a mais importante divindade. Na mitologia greco-romana era Hélios que tinha como tarefa levar luz e calor ao mundo dos homens, percorrendo o céu em sua carruagem dourada puxada por cavalos que soltavam fogo pelas ventas. Logo pela manhã era recebido pela deusa Aurora, que lhe abria passagem, recebendo os primeiros raios solares que ela jogava sobre a relva ainda molhada pelo orvalho. Havia outro deus da Luz e das profecias, Apolo, que assumiria seu lugar na Grécia antiga, incorporando suas características.Apolo, filho de Zeus (Júpiter) e Latona. Apolo é o deus da juventude, das profecias e da música. Como assume as características do Sol, ele vitaliza e enche de luz todos os serem vivos, podendo queimá-los e reduzi-los a cinzas. Diz-se que foi o primeiro vitorioso dos Jogos Olímpicos, simbolizando o homem na sua forma mais perfeita, tradução exata do ideal dos deuses olímpicos.

Lua 




Alguns dizem ser a Lua mulher do Sol e outros que seria sua irmã e há outros que dizem que seria sua filha.
A Lua foi considerada inicialmente como uma divindade sideral, tendo sido atribuído seu nome Selene. Ao entardecer, quando Apolo (Hélios), com sua carruagem dourada, cheia de raios solares, terminava seu trabalho de lançar raios solares ao mundo, surgia sua irmã Selene (Lua) no horizonte, iluminando com suavidade a terra enquanto Apolo travava uma grande batalha com a deusa das trevas. Os povos antigos atribuíam grande importância à Lua, associando sua passagem com os fenômenos naturais, até hoje usada por algumas culturas primitivas, e comprovada sua influência pela ciência.Com sua passagem os homens se recolhiam e voltavam para suas casas onde se uniam aos seus familiares e multiplicavam a raça humana. A ela foram associados os trabalhos agrícolas e a maternidade. Estavam sob sua proteção as mulheres, as jovens esposas e as mulheres grávidas. A Lua, ou Selene, também foi associada com Hécate, deusa dos encantamentos e dos sonhos, sendo invocada em todos os assuntos que envolviam magias, encantamentos e feitiçarias.

Lilith:



O primeiro capitulo da Bíblia, conta a história de Adão e Eva ...mas segundo o Zohar (comentário rabínico dos textos sagrados), Eva não é a primeira mulher de Adão. Quando Deus criou o Adão, ele fê-lo macho e fêmea, depois cortou-o ao meio, chamou a esta nova metade Lilith e deu-a em casamento a Adão. Mas Lilith recusou, não queria ser oferecida a ele, tornar-se desigual, inferior, e fugiu para ir ter com o Diabo. Deus tomou uma costela de Adão e criou Eva, mulher submissa, dócil, inferior perante o homem.
De acordo com Hermínio, "Lilith foi feita por Deus, de barro, à noite, criada tão bonita e interessante que logo arranjou problemas com Adão". Esse ponto teria sido retirado da Bíblia pela Inquisição. O astrólogo assinala que ali começou a eterna divergência entre o masculino e o feminino, pois Lilith não se conformou com a submissão ao homem.
     O mito de Lilith pertence à grande tradição dos testemunhos orais que estão reunidos nos textos da sabedoria rabínica definida na versão jeovística, que se coloca lado a lado, precedendo-a de alguns séculos, da versão bíblica dos sacerdotes. Sabemos que tais versões do Gênesis - e particularmente o mito do nascimento da mulher -  são ricas de contradições e enigmas que se anulam. Nós deduzimos que a lenda de Lilith, primeira companheira de Adão, foi perdida ou removida durante a época de transposição da versão jeovística para aquela sacerdotal, que logo após sofre as modificações dos pais da igreja.
No Talmude, ela é descrita como a primeira mulher de Adão. Ela brigou com Adão, reivindicando igualdade em relação a seu marido, deixando-o "fervendo de cólera". Lilith queria liberdade de agir, de escolher e decidir, queria os mesmos direitos do homem mas quando constatou que não poderia obter status igual, se rebelou e, decidida a não submeter-se a Adão e, a odia-lo como igual, resolveu abandona-lo. Segundo as versões aramaica e hebraica do Alfabeto de Ben Sirá (século 6 ou 7). Todas as vezes em que eles faziam sexo, Lilith mostrava-se inconformada em ter de ficar por baixo de Adão, suportando o peso de seu corpo. E indagava: "Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual." Mas Adão se recusava a inverter as posições, consciente de que existia uma "ordem" que não podia ser transgredida. Lilith deve submeter-se a ele pois esta é a condição do equilíbrio preestabelecido. Vendo que o companheiro não atendia seus apelos, que não lhe daria a condição de igualdade, Lilith se revolta, pronuncia nervosamente o nome de Deus, faz acusações a Adão e vai embora; é o momento em que o Sol se despede e a noite começa a descer o seu manto de escuridão soturna, tal como na ocasião em que Jeová-Deus fez vir ao mundo os demônios.
        Adão sente a dor do abandono; entorpecido por um sono profundo, amedrontado pelas trevas da noite, ele sente o fim de todas as coisas boas. Desperto, Adão procura por Lilith e não a encontra: Procurei-a em meu leito, à noite, aquele que é o amor de minha alma; procurei e não a encontrei" (Cântico dos  Cânticos III, 1). Lilith partiu rumo ao mar vermelho (Diz-se que quando Adão insistiu em ficar por cima durante as relações, Lilith usou seus conhecimentos mágicos para voar até o Mar Vermelho). Lá onde habitam os demônios e espíritos malignos, segundo a tradição hebraica. É um lugar maldito, o que prova que Lilith se afirmou como um demônio, e é o seu caráter demoníaco que leva a mulher a contrariar o homem e o questionar em seu poder. Desde então, Lilith tornou-se a noiva de Samael, o senhor das forças do mal do Outro Lado . Como conseqüência, deu à luz toda uma descendência demoníaca, conhecida como "Liliotes ou Linilins", na prodigiosa proporção de cem por dia. Alguns escritos contam que Adão queixou-se a Deus sobre a fuga de Lilith e, para compensar a tristeza de Adão, Deus resolveu criar Eva, moldada exatamente como as exigências da sociedade patriarcal. A mulher feita a partir de um fragmento de Adão. É o modelo feminino permitido ao ser humano pelo padrão ético judaico-cristão. A mulher submissa e voltada ao lar. Assim, enquanto Lilith é força destrutiva (o Talmude diz que ela foi criada com imundície e lodo), Eva é construtiva e Mãe de toda Humanidade (ela foi criada da carne e do sangue de Adão).
        Jehová-Deus tenta salvar a situação, primeiro ordenando-lhe que retorne e, depois, enviou ao seu encalço uma guarnição de três anjos, Sanvi, Sansavi e Samangelaf, para tentar convencê-la; porém, uma vez mais e com grande fúria, ela se recusou a voltar. Lilith está irredutível e transformada. Ela desafiou o homem, profanou o nome do Pai e foi ter com as criaturas das trevas. Como poderia voltar ao seu esposo? Os anjos ainda ameaçaram: "Se desobedeces e não voltas, será a morte para ti." Lilith , entretanto, em sua sapiência demoníaca, sabe que seu destino foi estabelecido pelo próprio Jeová-Deus. Ela está identificada com o lado demoníaco e não é mais a mulher de Adão. Acasalando-se com os diabos, Lilith traz ao mundo cem demônios por dia, os Lilim, que são citados inclusive na versão sacerdotal da Bíblia. Jeová-Deus, por seu lado, inicia uma incontrolável matança dessas criaturas, que, por vingança, são enfurecidas pela sua genitora. Está declarada a guerra ao Pai. Os homens, as crianças, os inválidos e os recém-casados, são as principais vítimas da vingança de Lilith. Ela cumpre a sua maligna sorte e não descansará assim tão cedo.

Uma outra versão diz que foram os anjos que mataram os filhos que tivera com Adão. Tão rude golpe transformou-a, e ela tentou matar os filhos de Adão com sua segunda esposa, Eva.
 Lilith Alegou ter poderes vampíricos sobre bebês, mas como os anjos a queriam impedir, fizeram-na prometer que, onde quer que visse seus nomes, ela não faria nenhum mal aos humanos. Então, como não podia vencê-los, ela fez um trato com eles: concordou em ficar afastada de quaisquer bebês protegidos por um amuleto que tivesse o nome dos três anjos. Não obstante, esse ódio contra Adão e contra sua nova (e segunda) mulher, Eva, resultou, para Lilith, no desabafo da sua fúria sobre os filhos deles e de todas as gerações subseqüentes.
        A partir daí, Lilith assume plenamente sua natureza de demônio feminino, voltando-se contra todos os homens, de acordo com o folclore assírio, babilônico e hebraico. E são inúmeras as descrições que falam do pavor de suas investidas. Conta-se, por exemplo, que Lilith surpreendia os homens durante o sono e os envolvia com toda sua fúria sexual, aprisionando-os em sua lasciva demoníaca, causando-lhes orgasmos demolidores. Ela montava-lhes sobre o peito e, sufocando-os (pois se vingava por ter sido obrigada a ficar "por baixo" na relação com Adão), conduzia a penetração abrasante. Aqueles que resistiam e não morriam ficavam exangues e acabavam adoecendo. Por isso Lilith também está identificada com o tradicional vampiro. Seu destino era seduzir os homens, estrangular crianças e espalhar a morte.

 Durante os primeiros séculos da era cristã, o mito de Lilith ficou bem estabelecido na comunidade judaica. Lilith aparece no Zohar, o livro do Esplendor, uma obra cabalística do século 13 que constitui o mais influente texto hassídico e no Talmude, o livro dos hebreus. No Zohar, Lilith era descrita como succubus, com emissões noturnas citadas como um sinal visível de sua presença. Os espíritos malignos que empesteavam a humanidade eram, acreditava-se, o produto de tais uniões. No Zohar Hadasch (seção Utro, pág. 20), está escrito que Samael - o tentador - junto com sua mulher Lilith, tramou a sedução do primeiro casal humano. Não foi grande o trabalho que Lilith teve para corromper a virtude de Adão, por ela maculada com seu beijo; o belo arcanjo Samael fez o mesmo para desonrar Eva: E essa foi a causa da mortalidade humana. O Talmude menciona que "Quando a serpente envolveu-se com Eva, atirou-lhe a mácula cuja infecção foi transmitida a todos os seus descendentes... (Shabbath, fol. 146, recto)". Em outras partes, o demônio masculino leva o nome de Leviatã, e o feminino chama-se Heva. Essa Heva, ou Eva, teria representado o papel da esposa de Adão no éden durante muito tempo, antes que o Senhor retirasse do flanco de Adão a verdadeira Eva (primitivamente chamada de Aixha, depois de Hecah ou Chavah). Das relações entre Adão e a Heva-serpente, teriam nascido legiões de larvas, de súcubos e de espíritos semiconscientes (elementares). Os rabinos fazem de Leviatã uma espécie de ser andrógino infernal, cuja a encarnação macho (Samael) é a "serpente insinuante" e a encarnação fêmea (Lilith), é a "cobra tortuosa" . Segundo o Sepher Emmeck-Ameleh, esses dois seres serão aniquilados no fim dos tempos: "Nos tempos que virão o Altíssimo (bendito seja!) decapitará o ímpio Samael, pois está escrito (Is. XVII, 1): 'Nesse tempo Jeová com sua espada terrível visitará Leviatã, a serpente insinuante que é Samael e Leviatã, a cobra tortuosa que é Lilith' (fol. 130, col. 1, cap.XI). Também segundo os rabinos, Lilith não é a única esposa de Samael; dão o nome de três outras: Aggarath, Nahemah e Mochlath. Mas das quatro demônias, só Lilith dividirá com o esposo a terrível punição, por tê-lo ajudado a seduzir Adão e Eva. Aggarath e Mochlath tem apenas um papel apagado, ao contrário do que acontece com as outras duas irmãs, Nahemah e Lilith.

Mercúrio



Filho de Zeus (Júpiter) e a deusa Maia, Mercúrio (Hermes) nascido de um vão de um salgueiro, foi inicialmente uma divindade pastoril. Desde cedo já demonstrava suas habilidades ligadas à comunicação e à inteligência. Quando bebê conseguia desenfaixar-se dos panos que o prendiam ao seu berço no salgueiro e andar pelas matas. Uma vez foi à Tessália e roubou os rebanhos de Admeto. Apagou os traços do roubo , subornou as testemunhas e sacrificou dois novilhos aos deuses. Matando uma tartaruga, fez, com seu casco uma lira encantada. Esconde o rebanho e volta ao seu berço, se enfaixando novamente, como se nada houvesse acontecido. Apolo (Hélios) acusa Mercúrio de roubar o rebanho de Admeto.
Como Mercúrio não conseguia mentir ele inicia uma história muito confusa enquanto toca a lira e encanta Apolo e Admeto, que resolvem comprar a lira. Mercúrio a vende pelo valor dos rebanhos que ele mesmo tinha roubado. Mercúrio passa a ser um deus com mais atributos. Velocidade de pensamento, agilidade e rapidez. De seus pés nascem asas e ele é presenteado por Apolo com um capacete com asas. Um dia ele encanta serpentes que se enrolam num ramo de salgueiro, de onde brotam asas nas pontas, dando origem ao Caduceu, um cetro mágico que ele sempre transportava. Daí em diante protege os comerciantes, viajantes e ladrões. Representado por um jovem, bonito e forte, andava seminu, tendo somente um pano que enrolava suas partes mais íntimas, que, mesmo se não houvesse vento, sempre tremulavam. Era o único deus que conseguia entrar nos infernos e mundo de Hades, tendo sido encarregado de transportar as almas ao mundo dos mortos. Sempre jovem e multicolorido, Mercúrio se torna um dos mais adorados deuses da antigüidade.

Vênus



Quando Saturno (Cronos) castra seu pai, o Céu (Urano), a pedido de sua mãe Terra (GAIA), e lança seus testículos ao mar, surge uma efervescência do mar que dará origem à deusa Vênus (Afrodite). Associada inicialmente à fecundação e à geração, com o passar dos anos ela é associada ao amor nos seus mais variados aspectos. Muito amada e amante ardorosa, ela se nega a deitar com Júpiter (Zeus) que a condena a se casar com Vulcano (Hefestos), o mais feio dos deuses, que morava na Terra. Trazendo em si a marca do amor, não consegue ser fiel ao seu marido e o trai com diversos deuses, tendo filhos com todos, fazendo valer seu outro destino : o de gerar e preservar a espécie.

Terra 





Conhecida como Gaia para os gregos, a Terra é a Mãe geradora de todos os deuses e criadora do planeta, é também conhecida por Géia, Gaea ou Gê.
Nascida do Caos, foi a ordenadora do Cosmos, acabando assim com a desordem e a destruição em que aquele se encontrava, criando a harmonia.
Sozinha, gerou Urano (o Céu) e Pontos (o Mar); criou, do seu próprio corpo, montanhas, vales e planícies; fez nascer a água e deu origem aos seres vivos.
Uniu-se a Urano e dessa junção nasceram os Titãs, as Titânides, os Ciclopes e os Hecatonquiros. Temendo o poder dos filhos, Urano aprisionou-os. Gaia ficou furiosa e convenceu o filho Cronos, o mais jovem dos Titãs, a castrar o pai, assim que ele (o Céu) viesse de novo unir-se a ela (a Terra), dando-lhe para o efeito uma foice de aço. O desentendimento entre Gaia e Urano levou, assim, à separação entre o Céu e a Terra. Gaia, Urano e a sua descendência (Cronos, por exemplo, é o pai de Zeus, considerado o deus dos deuses) são referidos como divindades primordiais, das quais terão derivado as diversas famílias de deuses gregos – por esta razão, Gaia é uma das primeiras divindades a integrar a morada dos deuses.

Marte



Marte para os romanos, Ares para os gregos, filho de Júpiter (Zeus) e Juno (Hera), senhor da guerra, divindade brutal, amante da luta e semeador de desentendimentos entre os deuses e mortais. Desprezado pelos deuses olímpicos era considerado bárbaro e inculto, jamais sendo aceito pela sociedade grega. A mais célebre de suas aventuras amorosas foi com Vênus (Afrodite), a deusa do amor e da beleza, esposa de Vulcano (Hefestos) com quem teve seus filhos Cupido (Eros), Harmonia, Deimos (o Medo) e Phobos (o Terror).
Representado por um jovem musculoso e seminu trazia uma lança, uma espada e um escudo sempre em sua biga prateada puxada por cavalos brancos.

Júpiter




Na Mitologia, Júpiter para os romanos e Zeus para os Gregos, o deus dos deuses e maior divindade do Olimpo. Quando criança foi alimentado pela Cabra Amaltéia, adquirindo toda sua força divina e sabedoria. Filho de Saturno (Cronos e Cibele (Réia), sua avó Gaia (Géia) evitou que o pai enlouquecido, temendo perder o trono para um de seus filhos, o devorasse, assim como já tinha feito com seus irmãos. Envolvendo uma pedra num pano Gaia oferece a Saturno dizendo ser Zeus. Ao engolir a pedra vomita seus irmãos e inicia-se uma batalha que dura dez anos entre . Ao fim da luta Júpiter e seus irmãos Netuno (Poseidon) e Plutão) repartem a universo, cabendo a ele o domínio sobre os céus e a terra.
A Netuno são entregues os mares, enquanto a Plutão cabe o mundo subterrâneo e os infernos. Júpiter se casa com Juno (Hera), mas tem várias amantes, deusas e mortais, tendo inúmeros filhos. Representado por um homem grande e forte, com aspecto majestoso e imponente, Júpiter é adorado pelos homens e deuses, sendo doce e terno mas ao mesmo tempo terrível e cruel. Senhor dos trovões e das tempestades, seus instrumentos são os raios, o cetro e a águia.

Saturno



Na Mitologia, Saturno para os romanos e Cronos para os gregos. Filho de Urano (Céu) e Gaia (Géia). A pedido de sua mãe, castra seu pai Urano, que enlouquecera e fazia reinar o caos no mundo. Ao conseguir castrá-lo, interrompe o ciclo de reprodução caótica de seu pai e assume o trono do mundo. Casa-se com sua irmã Cibele (Réia) e tem vários filhos, entre eles Vesta, Ceres, Juno, Plutão, Netuno e Júpiter. Reinando com tirania e crueldade faz o mundo crescer e se tornar rico e fértil, mas à custa da dor e sofrimento dos homens. Em visita a um oráculo, é profetizado que ele perderia o trono para um de seus filhos, que o trairia assim como ele fez com seu pai. Enlouquecido que ficou, como seu pai, que lhe transmitira a loucura, começa a devorar seus filhos para assim impedir que eles o destronasse. Sua mãe Gaia (Géia) evita que o Saturno enlouquecido, temendo perder o trono para um de seus filhos, devorasse o neto predestinado Júpiter (Zeus). Envolvendo uma pedra num pano, Gaia oferece a Saturno dizendo ser Zeus. Ao engolir a pedra vomita os outros filhos e inicia-se uma batalha que dura dez anos entre ele e seus filhos Júpiter, Netuno e Plutão. Ao fim da luta Júpiter e seus irmãos Netuno (Poseidon) e Plutão (Hades) repartem a universo, cabendo a ele o domínio sobre os céus e a terra. A Netuno são entregues os mares, enquanto a Plutão cabe o mundo subterrâneo e os infernos. Saturno é enviado ao Tártaro, de onde ressurgira numa nova idade de Ouro da humanidade.

Urano



No princípio existia o nada, um espaço imenso e árido. Aparece o Caos, desorganizado e inusitado. Depois de um tempo, quando o Caos perdia seu ritmo, surge GAIA (Géia), a Terra, a primeira realidade sólida. Depois veio a noite, mas ainda restava um espaço vazio imenso sobre GAIA. Sentindo-se sozinha cria um companheiro igual a ela : o Céu (URANO). Apaixonando-se por GAIA, URANO a cobre e se amam. Desta união surgem muitos filhos, violentos e tempestuosos, entre eles os Titãs, as fúrias da natureza. Quando o caos estava ficou organizado, com todas as divindades e elementos primordiais (fogo, terra, ar e água) foi chamado de Cosmos. URANO, pai de todas as criaturas, via que era bom o que criava, mas também via que havia filhos terríveis e imperfeitos. Inconformado com sua criação hedionda, despedaçava esses filhos errados e ativava-os no Tártaro, o mundo subterrâneo, nos infernos. Ainda fecundava GAIA para tentar ter outros filhos perfeitos. Como a fecundava incessantemente, eram geradas criaturas horríveis, que ele jogava no Tártaro ou enfiava novamente no útero de GAIA, e a fecundava novamente. Urano enlouquecera, e ela não conseguia destruí-lo. Um dos filhos de Urano e GAIA, revoltava-se com esta situação. Saturno (Cronos), filho mais jovem desta união, odiava seu pai, por matar seus irmãos e, principalmente, por desrespeitar sua mãe. Cansada de ter filhos imperfeitos, e percebendo que o caos poderia voltar, faz uma foice, com materiais tirados de dentro da Terra. Pede que seus filhos matem seu pai, fazendo voltar o mundo organizado. Nenhum deles se prontifica, mas Saturno, o mais revoltado deles, aceita a missão que poria fim ao caos. A pedido de sua mãe, castra seu pai URANO. Ao conseguir castrá-lo, interrompe o ciclo de reprodução caótica de seu pai e assume o trono do mundo.

Netuno 




Netuno para os romanos. Para os gregos era Poseidon, o rei dos mares. Filho de Saturno (Cronos) e Cibele (Réia). Depois da guerra entre os deuses, que destronou se pai, o mundo foi dividido. Coube a ele o mundo dos mares. A seu irmão Júpiter (Zeus) coube o céu e a Terra, e ao seu outro irmão Plutão (Hades) o mundo infernal. Sua função era ter a supremacia dos oceanos, das ondas e das correntes, mas também provocava tempestades, abalava os rochedos e fazia brotar fontes de água, golpeando a terra com seu tridente. Percorria seu reino num carro puxado por cavalos brancos, sempre seguido pelas nereidas (cinqüenta ninfas, cada uma personificando os fenômenos do mar) e outras criaturas marinhas como os tritões, hipocampos e delfins. Um deus estranho, mais temido que adorado, era muito misterioso, podendo acalmar os mares com sua passagem, que abria vagas no mar, formando ondas tranqüilas, como também provocar tempestades, maremotos e afundar os navios dos seres humanos. Confundia os homens em suas viagens pelo mar, levando-os a se perderem em seu vasto e infinito mundo. Com suas ondas encantava os homens que eram atraídos ao fundo do mar, de onde nunca mais voltavam.

Plutão




Plutão para os romanos, Hades para os gregos. Filho de Saturno (Cronos) e Cibele (Réia), irmão de Júpiter (Zeus) e Netuno (Poseidon), participou da guerra entre os deuses que destronaria seu pai que havia enlouquecido. Ao fim da guerra, o mundo foi dividido entre os deuses. Zeus fica com os céus e cria o Olimpo. Netuno fica com os mares e por muito tempo com a superfície. A Plutão restou as profundezas e o mundo dos mortos. Neste mundo subterrâneo reinava o terror. Por conta de sua dureza nenhuma deusa o desposou, obrigando-o a raptar Perséfone (Proserpina), que foi estuprada e amada imensamente, reinando nos infernos como sua rainha. Possuía um capacete que o tornava invisível e detinha um poder a que chamavam de FORÇA. Amado e odiado, tinha uma carruagem negra puxada por cavalos negros que soltavam chamas verdes pelas ventas. Quando vinha à superfície provocava terremotos e trazendo morte e destruição, sempre acompanhado de seu cão de três cabeças, Cérbero. Causava entre os homens atração e repulsa, sendo considerado um deus terrível. Não havia templos nem altar em seu nome, mas era respeitado por trazer a destruição e a possibilidade de renascimento e riqueza.

Quaoar:

Quaoar significa "força de criação" na língua da tribo tongva, os primeiros habitantes da bacia de Los Angeles. , onde trabalham os pesquisadores que descobriram este novo objeto, Michael Brown e Chadwick Trujillo, tem sua sede na cidade de Los Angeles. Na região onde atualmente fica esta cidade, existia uma tribo de índios norte-americanos chamados Tongva. Para eles Quaoar era o deus da criação. Quaoar teria descido dos céus e, depois de transformar o caos em ordem, colocou o mundo nas costas de 7 gigantes. Em seguida, Quaoar criou os animais inferiores e, depois, criou a humanidade.

 Éris:



Éris é melhor conhecida como a deusa da discórdia. Dizia-se que sempre seguia seu irmão Ares nas batalhas. Freqüentemente auxiliava-o na tarefa de instigar conflitos e atos violentos.
De acordo com algumas versões do mito, foi ela quem ajudou a provocar a Guerra de Tróia. A história é a seguinte: Peleu e Tétis, que seriam os pais de Aquiles, convidaram todos os deuses do Olimpo para seu casamento, menos Éris (óbvio, quem iria convidar a deusa da discórdia para uma cerimônia destas?). A enciumada Éris vingou-se aparecendo de surpresa e jogando na mesa uma maçã de ouro onde havia a inscrição: "à mais bela". As deusas Atena, Hera e Afrodite imediatamente começaram a disputar a maçã (daí a expressão "pomo da discórdia") e, não chegando a um acordo, chamaram um mortal, o príncipe Páris, de Tróia, para decidir entre as três.
Como Páris estava em dúvida, as três deusas tomaram a iniciativa de suborná-lo: Hera ofereceu-lhe influência política; Atena, habilidade no combate; já a esperta Afrodite foi direto ao ponto, oferecendo a Páris a mulher mais bela do mundo. Páris deu a maçã a Afrodite e recebeu em troca o amor de Helena, esposa do rei de Esparta, Menelau. Ao unir-se à bela, condenou sua própria cidade, pois os espartanos marcharam contra Tróia e reduziram-na a escombros.
Éris é, pois, a deusa que cria a polêmica, a insufladora do conflito.
Alguns mitos dão Éris como irmã de Ares e filha de Zeus e de Hera. Hesíodo, porém, em O Trabalho e os Dias, apresenta-a como filha mais velha de Nyx, a noite, e irmã de Algea (a dor), de Limos (a fome), de Dysnomia (a desordem), das Moiras (as três fiandeiras do destino), de Tânatos (a morte) e de outras entidades do mesmo calibre.
Nyx, a mãe de Éris, era uma das divindades primordiais, nascida diretamente do Caos. È descrita a percorrer os céus com um manto negro, além de ser patrona das bruxas e feiticeiras. A "morada" de Nyx, para os gregos, costumava ser associada ao Ocidente. Assim Éris, se compreendida como filha de Nyx, também partilha um pouco desta "qualidade ocidental".

Sedna: 



Sedna é uma das principais deusas inuit, é conhecida como a Mãe dos Animais Marinhos.
Várias são as lendas sobre a origem de Sedna e todas tem em comum o fato dela ser uma bela jovem humana vivendo com seu pai.
De acordo com uma dessas lendas, Sedna surgiu como uma mortal, que foi seduzida por um belo caçador em uma canoa. Quando ela embarcou na canoa, percebeu que fora enganada, pois o belo rapaz se revelou como um espírito-pássaro e a obrigou a se casar com ele.
O tempo passou e o pai de Sedna foi visitá-la, percebendo que sua amada filha morava num lugar imundo. Ele a colocou num barco, para fugir de volta para seu lar. Porém, o espírito-pássaro invocou uma tempestade ártica para frustrar a fuga.
Então o pai se desesperou e jogou Sedna ao mar. A jovem, contudo, se agarrou na borda do barco e seu pai se sentiu obrigado a cortar seus dedos. Os dedos cortados se transformaram em animais marinhos, como focas, baleias e morsas.
Sedna foi morar no fundo do mar, de onde reina sobre os animais marinhos.
Outra versão do mito explica que Sedna, uma moça jovem e muito galanteada pelos jovens do povoado onde vivia, nunca aceitava seus pretendentes - até que se apaixonou por um cachorro e com ele casou.
Os jovens pretendentes, raivosos, levaram a moça para o mar dentro de uma canoa e a jogaram nas águas geladas. Para se salvar, Sedna agarrou-se na lateral do barco, mas os homens cortaram seus dedos para que ela morresse afogada.
Quando seus dedos caíram no mar, transformaram-se nas primeiras focas e outros seres marinhos enquanto Sedna ia para o fundo, onde se transformaria na Rainha dos Seres Marinhos.
Sedna, devido ao grande sofrimento pelo qual passou, tornou-se rancorosa, e quando alguém a ofende ela prende todos os animais para que ninguém possa pescar nem caçar. Um homem bravo, com poderes de xamã, deve então ir até o fundo do mar para pentear e desenbaraçar os cabelos de Sedna - sujos e lodosos pelos pecados humanos que afundam na água. Sedna fica agradecida ao ter seus cabelos limpos e arrumados em duas grandes tranças e, por isso, liberta os animais para que a humanidade possa se alimentar outra vez.

Varuna ou Aceanus:

O planeta pode ser chamado de Varuna, deus indiano que se locomove em cima de um lagarto ou Oceanus filho de Gaia com Urano, não importando ambos regem as primeiras formas de vida como os animais marinhos e os répteis.

Varuna:



Varuna era um deus arquiteto e ferreiro;, devido a isso possuía um conhecimento infinito. Organizou os ciclos do Sol, colocou cada rio em seu caminho, ordenou as fases da Lua, estruturou o relevo da Terra e se encarregou de nunca deixar o oceano cheio demais. Por tudo isso ele tornou-se o rei dos deuses e assim pôde dominar também sobre o destino dos homens; sustentando a vida e a protegendo do mal. Porém um grande monstro desafiou os deuses e também Varuna. E uma profecia revelou que Varuna não poderia vencê-lo. O único capaz de vencer o monstro seria Indra , que ainda nasceria, e após vencer, tomaria o lugar de Varuna. Varuna tentou impedir o nascimento de Indra, mas foi impossível, o jovem deus nasceu e tendo poder sobre os raios e tempestades venceu o monstro e se tornou o novo rei dos deuses. Varuna então se tornou o rei dos oceanos e senhor da Noite, dividindo o céu com Surya o deus do Dia.

Oceanus: 



Na "Mitologia grega" Oceano, era o imenso rio que rodearia a Terra, personificado pelo Titã de mesmo nome, filho de Urano e Gaia que tinha um corpo formado por um Torso de um Homem, com garras de Caranguejo tal qual chifres na cabeça e grande Barba, terminando com a cauda de uma Serpente.
Alguns estudiosos consideram que Oceano representava originalmente todas as massas de água salgada, incluindo o Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, as duas maiores massas conhecidas pelos antigos gregos. Contudo, com a evolução dos conhecimentos geográficos, Oceano passou a representar apenas as águas desconhecidas do Atlântico (também chamado de "Mar Oceano"), enquanto Posídon reinava no Mediterrâneo.
Da união com sua irmã Tétis, foram originadas as Ninfa dos mares ou Oceânidas, dentre as quais Anfitrite, Tritão, Nereida, os rios, além de todos os seres marinhos, que tomavam parte ativa nas aventuras dos deuses, como os golfinhos.
Na maioria das variantes do mito da guerra entre os Titãs e os Deuses Olímpicos, ou Titanomaquia, Oceano, tal como Prometeu e Têmis não se juntaram aos seus irmãos titãs contra os Olímpicos, tendo se mantido afastados do conflito. Oceano também teria recusado aliar com Cronos na sua revolta contra seu pai Urano.